Pelo que se conta os e as antigas videntes nunca tiveram tão claro pra si mesmos que havia uma 3a atenção em jogo.
Para eles, era como se tudo fosse desconhecido, universos a explorar, aí a única preocupação era como perpetuar a 1a e a 2a atenção, como manter o ponto de aglutinação encasulado.
Embora a grande maioria de nós hoje estejamos longe do conhecimento prático e domínio que os antigos tem a fama de ter no Sonhar, com a prática e o avanço na prática da Espreita obtemos uma compreensão crucial sobre a natureza das 2as primeiras atenções. E isso em um momento faz com que possamos nos dar conta dos limites da 2a atenção, e da insinuação da 3a.
Mas isso não é um movimento limitado só ao passado. É uma coisa pela qual todos passamos ou não em vida, A matrix é regida por bruxos antigos dominadores, e na sintonia coletiva todos compartilhamos dos humores e valores ditados por eles. Se tornar um vidente do novo tempo é aprender isso que o dom Juan chamava de delinear o desconhecido do incognoscível, perceber os limites da 2a atenção. Só então a janela-desafio da Liberdade Total se abre.
Antes disso, estaremos como os antigos fixados em busca de aventuras, emoções, poderes e mistérios no sonhar, ou em busca de evolução, bem estar e satisfação no tonal. Não que essas coisas sejam nefastas em si, são parte da experiência total da vida, mas se nos agarramos à elas a obsessão faz com que o Ver na forma como é entendido pelos videntes modernos fique impalpável e inacessível.
A Espreita de Si é a única ferramenta que conheço pra delinear esses limites. E o segredo é só saber mudar de níveis nela. Mas a capacidade de sustentar a espreita de si na 2a e na 3a atenção depende totalmente do quanto a ilha do tonal está limpa.
(Jeremy Christopher)