Os toltecas criaram o termo nagual para se referir àquilo que é incognoscível e que está além-e-aquém do alcance da compreensão humana.
O nagual é aquilo que circunda a existência. Em contraste ao tonal, que é como uma bolha repleta de coisas em constante mudança, pode ser dito que o nagual é uma escuridão vazia, infinita e imutável. Mas usar essas palavras é apenas um jeito de tomar emprestado conceitos do tonal para se referir a algo que só pode ser presenciado, mas não definido.
O nagual é o influxo de energia pura do universo, a energia escura de onde surge a vida e o próprio tonal.
Como os seres humanos aprendem a interpretar a energia pura do universo de acordo com um sistema de significados, a atenção de cada ser humano vai acostumando, com o tempo, a se focalizar cada vez mais nessa interpretação… e assim, surge a impressão equivocada de que ela é tudo o que existe.
Essa interpretação se torna uma bolha dentro da qual nos fechamos, e a presença do nagual é inibida, ofuscada e, geralmente, completamente esquecida durante a vida.
No entanto, essa outra metade da nossa totalidade continua presente. E podemos não só nos tornar conscientes dela, como também aprender a manejá-la, de maneiras que desafiam os limites da razão. As artes da espreita e do ensonhar são um caminho para desenvolvermos, aproximarmos, e harmonizarmos nossos dois lados, até, eventualmente, sermos capazes de recuperar a totalidade do nosso ser.
— Célula Nagual
A Célula Nagual é uma escola online de Nagualismo, mantida por praticantes de uma linhagem moderna.
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