Inventários, o salto mortal do pensamento e o poder do intento – Parte 2 # A contradição entre a razão e a vontade / Manejando a 2a atenção
A posição em que o nosso ponto de encaixe se encontra determina a nossa visão de mundo.
Não existe um mundo aí fora que seja o mesmo pra todos, mas sim diferentes visões de mundo, aparecendo em cada bolha, dependendo da posição onde cada ponto de encaixe se encontra.
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E o que determina a posição do ponto de encaixe não é só o que a gente pensa, mas o que a gente intenta.
É a nossa “vontade”.
São as nossas convicções profundas.
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Muitas vezes com nossa cabeça estabelecemos uma intenção, mas as nossas convicções mais profundas apontam numa outra direção;
e assim nossas intenções são contraditórias e não têm o poder que gostaríamos que tivessem.
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Alguém pode dizer e pensar por exemplo que quer ter amizades verdadeiras. Mas sua convicção mais profunda é de que não é alguém digno de confiança, ou que todo ser humano no fundo é mesquinho e egoísta.
E então, por mais que sua cabeça aparentemente diga querer ou se esforce pra conseguir amigos, a sua vontade continuamente alinha e renova a visão de mundo em que não existe amizade.
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Nós somos responsáveis pela nossa visão de mundo muito além do que escolhemos ou dizemos superficialmente.
São as nossas crenças mais profundas que determinam a posição do nosso ponto de encaixe, a nossa experiência, e que afetam realmente o mundo ao nosso redor,
através da nossa vontade.
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O comportamento que outras pessoas têm com a nossa pessoa é diretamente afetado pela nossa vontade, e não necessariamente pelo que a nossa razão acha que elas deveriam dizer ou fazer.
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Nós somos roteadores do intento que estamos alinhando.
Propagamos esse sinal ao nosso redor.
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Isso acontece nos dois sentidos: Tem pessoas que você pode ser simplesmente compelid@ a tratá-las com respeito, ou alegria, independente de quão bem ou mal estava se sentindo antes,
e independente de quão bem ou quão mal costume tratar as pessoas em geral.
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A posição do nosso ponte de encaixe é o fator principal que determina a maneira como experienciamos as pessoas, e também afeta diretamente a maneira como elas experienciam a nossa pessoa.
Com uma mudança de posição do ponto de encaixe, nossa experiência pode ir das pessoas serem antipáticas e fechadas, à elas serem abertas e amigáveis. As mesmas pessoas.
Não são elas que mudaram, é a nossa vontade que mudou.
É o comando que estamos dando ao nosso ponto de encaixe que mudou,
e consequentemente a visão de mundo que estamos criando pra nós mesmos.
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“Isso quer dizer que eu sou responsável pelos comportamentos negativos das pessoas ao meu redor?”
“Isso não é uma mentalidade que no final pode levar a responsabilizar a vítima pelo mau comportamento de um opressor?”
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Nossos intentos no geral são todos assimilados acidentalmente. Simplesmente fomos aprendendo eles nas situações às quais fomos expostos desde a infância.
As pessoas não são responsáveis pelos intentos que assimilaram inconscientemente.
É justamente assumir a responsabilidade consciente por eles que permite mudar uma situação que parecia definitiva.
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Continuamente comandos estão sendo sugeridos para a nosso corpo sonhador. Por pessoas, autoridades e especialistas, em filmes, séries, na tv, nas músicas, nos comerciais, e pelo nosso diálogo interno.
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Nosso tonal é o guardião do nosso corpo sonhador. É ele quem rejeita ou aceita certos comandos, e em grande parte do tempo aceitamos comandos destrutivos por mera repetição
ou porque nosso tonal não está fortalecido.
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A qualquer momento podemos mudar qualquer intento.
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O requisito principal é estarmos dispostos a abandonar a história que construímos em torno daquele intento.
Então se torna possível começar a intentar uma nova história, uma nova perspectiva, um novo sentimento, sem qualquer continuidade, coerência e fidelidade ao anterior.
Isso pode ser feito progressivamente e pouco a pouco ou imediatamente, dependendo do quão inflexível ou intensa seja a nossa resolução.
Então toda a nossa visão de mundo e experiência irão mudar de acordo.
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Nós temos, potencialmente, poder completo sobre a nossa bolha particular, e sobre a experiência que temos nela.
Muito mais do que a nossa razão está disposta a aceitar.
Porque a nossa visão de mundo JÁ É a nossa própria criação, em todos os sentidos, estejamos deliberadamente conscientes disso ou não.
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Como diziam os novos videntes, “Nosso comando pode se tornar o comando da Águia”.
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Ninguém pode manter o nosso ponto de encaixe em uma posição contra a nossa própria vontade.
Nenhuma circunstância pode impor um intento que nós mesmos não estejamos dispostos a aceitar.
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Mas quão dispostos estamos a nos desprender das nossas histórias? Do nosso sentimento de termos sido injustiçados? Do nosso sentimento de impotência?
Quão dispostos estamos a mover nosso ponto de encaixe pra uma posição onde alinhamos a experiência de mundo que queremos realmente ter? E de primeiro, aceitar totalmente a responsabilidade pela experiência que já estamos alinhando?
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— Luno Maroscuro