“A guerreira reflete a persona em uma guerra porque sabe que o Eu que sustenta essa persona é impermanente.
Dentro de si mesma sabe que o Eu impermanente ensonha as personas que intenta ser.
A guerreira é uma guerreira porque aprendeu a ser desprendida de sua auto imagem, de sua vaidade e de sua auto reflexão.
A guerreira luta pela vitória da sua humildade,
pois sabe que essa é a chave para ter a clareza e ver quem ela realmente é.
Sabe que suas fraquezas são a base onde constrói o edifício do seu intento.
O ensonho da guerreira é o meio que o Eu cria para assegurar o controle do direcionamento da energia da auto reflexão,
e desafixar-se de personas que se levam muito a sério.
A guerreira é uma guerreira porque conhece os labirintos onde a razão se perpetua e ao conhece-lo também se conhece.
Sabe que não adianta desviar o olhar do espelho da lucidez interna.
É uma guerreira porque conhece os mistérios do conhecido que da significado ao significante.
É uma guerreira porque é consciente da sua impermanência e anda pelo caminho estreito do valor que a morte atribui as coisas.
Uma guerreira é uma guerreira porque é o mais entregue e desnuda em todas as situações de sua vida.
Os olhos de uma guerreira focalizam o movimento que faz para dentro de seu útero e intenta jamais esquecer que o elo com o abstrato é um profundo elo de amor consigo mesma.
É uma guerreira porque se curva diante de sua divindade.
É uma guerreira porque sabe que não é uma guerreira”
– La Loba