[Comentários sobre o texto: http://www.nagualismo.com.br/castaneda-fala-sobre-sexo/]
“Não me consta que os registros de Castañeda a respeito do conhecimento dos videntes considerassem a possibilidade de somar a energia sexual de parceiros através do coito de domínio tântrico, seja de qual vertente for. Por motivos de tradição oriunda da perseguição secular a que foram submetidos desde antes da Conquista, os feiticeiros e videntes desenvolveram um estatuto da Águia concernente a utilizarem-se da energia sexual sem o intercurso sexual que podia atar apegos e desviar o escopo da liberdade, já que a energia sexual mesmo tântrica promove apegos se não for mesmo utilizada no sentido da liberdade e da plenitude do ser. Como a ordem da Águia não previa formação de parceria sexual nem famílias de sangue, o grupo era reunido por pura interpretação dos desígnios do espírito e por força do intento, os videntes não viram na disposição tântrica uma possibilidade real de união energética e redirecionamento da energia ao Ensonhar em conjunto e restabelecimento do equilíbrio energético sempre ameaçado. Outrossim existe uma forma de amor transcendental que não brota apenas do amor-a-si-mesmo no sentido de totalidade consciencial enquanto grupo que eles eram afinal, mas existe em ´almas refinadas e sensíveis´a conexão por meio do amor transcendental a uma totalidade energético-consciencial já presente em termos arquetípicos e energéticos na faixa Humana de emanações, que por meio dela podemos espelhar nossa condição humana e transcendental, e desse modo superar os apegos limitados dos relacionamentos temporais e sexuais que mesmo o recurso tântrico energético pode nos enlaçar, devido as dificuldades de superarmos os apelos da natureza e de nossa solidão essencial.”
– Dinarte Medrano