“Se decidir ou tiver que lidar com pequenos tiranos, recomenda-se que você:
– Recapitule suas interações com o tirano, afim de “ver” melhor o que tanto te incomoda, “ver’ as fraquezas e rotinas do tiranito de mierda e “ver” qual a melhor linha de ação à tomar.
– Através da recapitulação, esvazie-se de qualquer sentimento pesado que você possa ter em relação ao tirano, principalmente se você não gostar dele.
– Espreite a si mesmo. Lembre-se que muitas vezes o principal culpado pela situação é você , que deixou tudo chegar até o ponto que está, e não o tirano.
– Saiba bem o que está fazendo e porquê. Os guerreiros tem que ter discernimento para decidir se vale a pena entrar em uma batalha, pois eles tem um propósito ulterior para seus atos.
– Trace uma plano de ação, não lide com tiranos no improviso.
– Se possível, escolha o campo de batalha.
– Raiva, ira, medo, inveja, decepção, desapontamento, frustração, autopiedade, vitimismo, ansiedade, ciúmes, vingança, revanchismo, competitividade, expectativas não correspondidas, autoimportância, orgulho, etc, são todos sentimentos que nublam seu raciocínio, fazem você esgotar seu poder pessoal e deturpam sua estratégia, estragando todo seu planejamento. Portanto, não podem de forma alguma fazer parte da psiquê do guerreiro na luta do dia-a-dia, e muito menos devem servir de motivação para qualquer ato com os pequenos tiranos. Ir para batalha cheio desses sentimentos é ruína na certa, de uma forma ou de outra.
– Você deve estar com a mente cristalina e vazia, cheia de sobriedade e intento para levar seu plano e sua estratégia em relação aos tiranos até o fim, de forma impecável e sem deslizes ou atropelos.
– Não leve nada para o lado pessoal.
– Controle seu ego, parceiro.
– Certifique-se que vc está vazio, e não um poço de emoções flutuantes.
– Obviamente se o seu tirano for uma pessoa querida, você não precisa se esvaziar dos seus sentimentos bons para com ela, apenas não deixe o amor te embriagar.
– Nos momentos mais tensos ou dramáticos, respire fundo e lembre-se de manter a calma, a lucidez e o controle.
– Disciplina e paciência são fundamentais.
– Esteja atento à seu senso de oportunidade. Tudo é muito dinâmico e pode mudar a qualquer momento, e você deve ser fluido para entender os sinais. Não perca a chance de definir o jogo, se puder.
– Sua vontade deve estar a todo vapor, firme e constante.
– Quem tem pena é galinha. Seja implacável com o tirano. Ele, com certeza, não teria pena de você.
– Assuma a responsabilidade por seus atos. Todo resultado é possível numa batalha e merdas acontecem.
– Por fim , lide com um tirano da mesma forma que um guerreiro vai para a guerra: um pouco de receio, respeito, bem desperto e uma absoluta confiança em seu poder pessoal.
– Quando acabar seu trabalho com o tirano, siga sua vida, vazio. Outras batalhas virão.”
– Juan Tuma