“Sobre a questão, vejo plantas de poder como facilitadoras, aliadas ou mestras que ensinam sobre o deslocamento do ponto de encaixe e sobre posições específicas.
O valioso não é o conteúdo do que elas mostram, mas apenas o fato de mostrarem que existem outras maneiras de perceber o mundo. Se a gente entende isso, uma brecha se abre ao perceber que nós não somos nem a descrição/percepção comum de nós e do mundo, nem a nova sendo aberta. E essa brecha pode conduzir à liberdade. Essa é incomparavelmente a lição mais valiosa que uma planta de poder pode ajudar a proporcionar, na minha compreensão.
Outra maneira de fazer uso delas é “terapeuticamente”, pra ajudar a limpar itens da nossa ilha do tonal. Se temos um problema ou questão que se tornou importante e se nos sentimos presos/presas nessa perspectiva, uma planta, deslocando o centro da nossa percepção, pode nos ajudar a ver o problema sob uma outra perspectiva, trazer insights, e conceber uma mudança em nós mesmos a respeito. Mas não vai desconstruir a questão por si só. Isso é feito pelo exercício da intenção, com ou sem ajuda dela. Elas também podem ajudar a deslocarmos temporariamente nosso ponto de encaixe pra uma determinada posição que está sendo intentada se mantivermos o intento firme enquanto o PE perde a fixação. Mas novamente, pra isso também, elas não são indispensáveis. E podemos aprender a intentar a posição que determinada planta revela, a partir da nossa posição habitual do ponto de encaixe e de um estado de sobriedade. Aí ela se torna uma mestra daquela posição.
A confusão acontece quando acreditamos que as sensações, insights e a forma como vemos o mundo e a nós mesmos, ao consumir a Planta, é que são importantes, ou que elas são indispensáveis pra entrarmos na segunda atenção ou vislumbrarmos a terceira. “
J Christopher – Família Doble